Uma escola no Chile frequentada por crianças da etnia Mapuche foi incendiada na manhã desta quarta-feira (9/1) por homens encapuzados. O colégio, que está em período de férias escolares, fica na região de Araucanía, onde indígenas e fazendeiros estão em confronto, o que exigiu do governo o envio de reforço policial.
Nos últimos dias, os conflitos geraram vários incêndios na região. Autoridades chilenas suspeitam da participação de terroristas nos atos. Representantes de comunidades indígenas se reúnem no próximo dia 16, na cidade de Temuco, para debater uma série de temas, inclusive os ataques ao povo Mapuche. Integrantes do governo e da polícia devem participar.
Por determinação do presidente chileno, Sebastián Piñera, foi reforçada a segurança em Araucanía e adotada a execução da chamada Lei Antiterrorismo, definida durante o governo militar de Augusto Pinochet. Piñera reuniu os principais assessores e líderes dos partidos políticos para discutir o assunto devido à falta de estabilidade no país.
Nos últimos dias foram registrados seis incêndios em residências, veículos e maquinário agrícola no sul do Chile. A etnia Mapuche representa cerca de 5% da população indígena do país e é considerada articulada politicamente.
Os confrontos em Araucanía já provocaram duas mortes e vários incidentes considerados criminosos por envolver incêndios suspeitos. Ainda está em análise a possibilidade de decretar Estado de Emergência na região.