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Comitê flexibiliza as regras de liquidez para os bancos internacionais

Basileia - O Comitê de Basileia flexibilizou este domingo (6/1) as regras de liquidez que serão aplicáveis aos bancos internacionais em 2015, respondendo assim a críticas que reprovavam que a reforma estabelecia um mínimo de fundos próprios muito elevado, sob pena de paralisar a economia mundial.

O Comitê de Supervisão Bancária do Banco de Pagamentos Internacional (BPI), que reúne os reguladores internacionais do setor, anunciou que a natureza dos ativos fáceis de vender que os bancos terão que ter no futuro em seus balanços para enfrentar uma crise aguda de liquidez durante 30 dias foi ampliado.

O leque de ativos que poderão ser levados em conta incluem o de obrigações, as ações - com a condição de que as empresas que emitiram sejam classificadas como valor de investimento pelas agências de classificação - e alguns tipos de colocações hipotecárias.

Estes ativos terão uma redução de seu valor em relação ao seu valor nominal para o cálculo da razão liquidez.

Em sua versão inicial, o projeto levava em conta ativos muito mais estritos, como a liquidez ou os bônus do Estado.

O calendário para aplicação desta proporção também foi modificado. Como estava previsto, o coeficiente entrará em vigor em 1; de janeiro de 2015. Mas nesta data, os bancos deverão reunir apenas 60% das quantias exigidas inicialmente.

O colchão de liquidez poderá, então, ser aumentado gradativamente em 10% ao ano para alcançar 100% no horizonte até 2019.

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O novo marco regulatório para os bancos, denominado Basileia III, busca melhorar a liquidez dos bancos em caso de crise. Exige que as entidades mantenham suficientes ativos fáceis de vender em para financiar suas atividades durante 30 dias, inclusive se as fontes de refinanciamento estiverem completamente esgotadas.

A reforma, que começou a ser esboçada após a bancarrota do americano Lehman Brothers - pulverizado pelo desaparecimento brutal de todas as suas fontes de financiamento - despertou fortes críticas do setor financeiro.

Muitos banqueiros fizeram saber que o projeto inicial impediria aos bancos fazer seus trabalhos, ao limitar drasticamente os fundos que podem colocar à disposição para acertar créditos.

A nova versão da reforma foi adotada por "unanimidade", acrescentou o comitê.