A Justiça indiana aceitou ontem a denúncia contra cinco dos seis acusados de estuprar uma estudante de 23 anos, que morreu há oito dias em decorrência do ataque. Os homens, que estão detidos, serão ouvidos na segunda-feira no Tribunal de Saket, em Nova Délhi. Um sexto agressor declarou-se menor de idade e, caso isso seja confirmado, será julgado em uma Corte especial. As autoridades ordenaram que ele fosse submetido a uma punção de medula óssea, exame que poderá confirmar se o jovem realmente tem 17 anos.
Apesar da repercussão internacional e da onda de protestos que têm ocorrido no país, não está certo que, se condenados, os agressores sejam sentenciados à morte. A pena capital está prevista na lei da Índia, mas é muito pouco aplicada. Alguns juízes de Nova Délhi disseram à imprensa que os homens podem ser castrados quimicamente e condenados à prisão perpétua. Pesam sobre eles diversas acusações: conluio, sequestro, roubo, estupro coletivo, sexo bizarro, destruição de provas e assassinato. A pena de morte se aplica a três desses crimes.