Libreville - A coalizão rebelde Seleka exigiu neste domingo a saída do presidente da República Centro-Africana, François Bozizé, e ameaçou tomar a capital, Bangui, que aguarda a visita do presidente da União Africana (UA), Thomas Boni Yayi, para mediar o conflito.
Os países da África Central já advertiram que não aceitarão o avanço até a capital. Os rebeldes estão a menos de 160 km de Bangui.
"O tema (a saída de François Bozizé) deve ser discutido com a UA", declarou à AFP o porta-voz da coalizão rebelde, Eric Massi.
"O presidente Bozizé deve reconhecer sua derrota militar e tirar conclusões", completou.
O movimento Seleka parece estar cada dia menos disposto ao diálogo e não descarta entrar na capital.
O porta-voz rebelde afirmou que o presidente centro-africano está disposto a "iniciar a batalha" em Bangui e que "se a situação exigir, tomaremos as decisões necessárias".
Massi disse estar preocupado com a segurança em Bangui das famílias e dos amigos de Seleka, "acossados, intimidados e até mesmo sequestrados".
Para chegar à capital, os rebeldes, posicionados em Sibut, a 160 km de Bangui, precisam apenas tomar o controle de Damara, onde estão reunidas as forças armadas centro-africanas e um contingente do exército do Chade.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC) pediu aos rebeldes que interrompam o avanço.