BUENOS AIRES - Milhares de policiais foram mobilizados neste sábado nas cidades da Argetina onde saques deixaram duas pessoas mortas e quase 100 feridas, além de centenas de prisões.
O governo e sindicatos se acusam pela violência de quinta e sexta-feira, que aconteceram em meio a uma onda de fúria contra a administração da presidente Cristina Kirchner sobre o aumento dos crimes e a incerteza econômica.
Em Rosario, um polo industrial e de exportação agrícola onde as duas pessoas morreram na sexta-feira, um oficial disse que uma operação especial de segurança continuará pelo menos até dia 1; de janeiro.
Em Buenos Aires, o governor Daniel Sciolo afirmou à Radio Mitro que instruiu os oficiais a "aumentar as patrulhas e a presença das tropas na província."
Cerca de três mil policiais foram mobilizados para os arredores da capital argentina, onde multidões saquearam lojas e supermercados na sexta-feira. O chefe de gabinete Juan Abal Medina acusou os caminhoneiros do poderoso sindicato CGT de participar dos saques.
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O líder da União, Hugo Moyano, rejeitou as acusações na rádio local considerando-as sem sentido e acusou o governo de orquestrar o conflito para "desacreditar e desqualificar os líderes que não estão de acordo com a política deles".
Soldados também foram enviados a Bariloche, uma cidade turística muito frequentada por quem quer esquiar, 1,650 quilômetros a sudoeste de Buenos Aires, onde a multidão invadiu pelo menos dois supermercados na quinta-feira.
Foram roubados aparelhos de TV, bicicletas e aparelhos elétricos, disseram as testemunhas.
Saques também foram relatados em cidades das províncias de Tucuman, Corrientes, Chaco, Misiones, Cordoba, e Rio Negro, na maioria dos casos com pessoas feridas e presas.