Thatcher, a única mulher que foi primeira-ministra do Reino Unido, realiza raras aparições. Desde 2002 não fala em público, seguindo o conselho de seus médicos depois de sofrer vários derrames cerebrais. Em 2008, sua filha Carol revelou em suas memórias que sua mãe estava sofrendo de uma doença senil há sete anos.
Em 2010 foi hospitalizada em Londres por 15 dias depois de complicações de uma gripe. "Maggie", que exerceu três mandatos, marcou a vida política britânica do século XX. Thatcher impulsionou a economia do país, conhecido como "o doente da Europa" quando chegou ao poder, mas tornou-se famosa por seu ultra-liberalismo, sua intransigência nas suas relações com os sindicatos, mineiros e prisioneiros do IRA.
A figura de Thatcher dividiu profundamente as opiniões, despertando o ódio e também muita admiração. No Twitter, as reações à hospitalização mostram que a ex-primeira-ministra continua a inspirar sentimentos contraditórios. "Ela tomou as decisões difíceis que outros tentaram evitar", julgou Richard Smith. Outro usuário da rede social, Darran Busby, "nunca vou perdoá-la pelo o que ela fez com os mineiros e para o país".
Recentemente, o filme "A Dama de Ferro", em que a atriz Meryl Streep interpreta Thatcher, colocou em debate o legado do thatcherismo. Vinda de uma família modesta, Margaret Thatcher foi eleita deputada aos 34 anos antes de se tomar a líder do Partido Conservador, em 1975, e à frente, quatro anos mais tarde, do governo. O marido dela, o empresário Denis Thatcher, com quem teve gêmeos Mark e Carol, morreu em 2003.