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População do Egito inícia segunda fase de referendo sobre Constituição

A opção de dividir o país em duas zonas de votação foi tomada a fim de evitar o boicote de muitos juízes encarregados de supervisionar a eleição. Este referendo foi precedido por várias semanas de protestos que, ocasionalmente, degeneraram em confrontos entre opositores e partidários do presidente Mohamed Mursi e a Irmandade Muçulmana, que defendem a proposta de Constituição. Na sexta-feira, a violência entre pró e anti-Mursi causou dezenas de feridos na segunda maior cidade do Egito, Alexandria.

Para a presidência, a adoção de uma nova Constituição traria ao país uma estabilidade institucional, concluindo assim a transição tumultuada que vive o Egito desde a queda do presidente autocrata Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011. A oposição, que denunciou "fraudes e irregularidades" durante a primeira fase do referendo, acredita que o texto abre caminho para a islamização do país e que tem graves lacunas em termos de proteção das liberdades.