Jerusalem - O patriarca latino de Jerusalém, monsenhor Fuad Twal, condenou nesta quinta-feira (20/12), em sua tradicional mensagem de Natal, o bloqueio israelense desumano à Faixa de Gaza e manifestou sua satisfação ante a obtenção do estatuto de Estado observador da Palestina na ONU, obtido recentemente.
"Eu visitei Gaza e denuncio este embargo que torna desumana a vida cotidiana de 1,6 milhão de pessoas, fomentando sentimentos de hostilidade em relação a Israel", declarou Monsenhor Twal, de 72 anos, a autoridade católica romana de maior hierarquia na Terra Santa, durante coletiva de imprensa em Jerusalém.
O religioso foi ao território palestino para os preparativos da festa do Natal, onde a pequena comunidade cristã, de cerca de 1.500 fieis (em sua maioria gregos ortodoxos) se reduziu consideravelmente nos últimos anos. Em relação à decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas de conceder o estatuto de Estado observador à Palestina no mês passado, Monsenhor Twal considerou que "é um passo em relação à paz e à estabilidade na região".
Por sua parte, em uma mensagem de Natal, o presidente da Autoridade Palestina Mahmud Abbas afirmou que, em Belém (Cisjordânia), que foi incluída este ano no Patrimônio Mundial da UNESCO, "nós resistimos à opressão com amor, a desafiamos com orgulho, construímos as instituições de nosso Estado e desenvolvimentos nossas infraestruturas apesar da máquina de destruição do ocupante (israelense)".
Em Israel, o presidente Shimon Peres expressou em Haifa (norte) seus votos de Natal para os cristãos, manifestando a esperança de que o "Oriente Médio possa entrar numa era de paz e prosperidade".