Jerusalém - O município israelense de Jerusalém aprovou nesta quarta-feira (19/12) um projeto para a construção de 2.610 casas no bairro de colonização judaica de Givat Hamatos, em Jerusalém Oriental ocupada e anexada, afirmou à AFP uma ONG especializada na colonização. "A intensificação da colonização e o conjunto das práticas israelenses de assassinatos e de detenções nos levam a acelerar nosso recurso no Tribunal Penal Internacional (TPI)", reagiu o negociador palestino Mohamad Chtayeh.
"O adjunto do prefeito acaba de afirmar que aprovaram as 2.610 unidades de casas em Givat Hamatos", declarou Daniel Seidemann, diretor da ;Terrestrial Jerusalem;, uma ONG que monitora a colonização israelense em Jerusalém Oriental. A organizações de defesa dos direitos humanos afirmam que Givat Hamatos, situada ao sul do setor oriental da cidade, seria o primeiro bairro de colonização criado em Jerusalém em 12 anos.
"Oficialmente é a decisão final", afirmou à AFP Lior Amihai, da ONG anticolonização A Paz Agora. "Será publicada nos próximos dias e depois existirá um período de 15 dias para que seja efetiva, antes do início das licitações".
A comissão de planejamento do distrito de Jerusalém se reunirá na quinta-feira para examinar a construção de 1.100 casas adicionais no bairro de colonização de Gilo, também em Jerusalém Oriental, de acordo com A Paz Agora. Na segunda-feira, o ministério do Interior israelense autorizou a polêmica construção de 1.500 residências em Ramat Shlomo, um bairro de colonização em Jerusalém Oriental, um projeto que o governo dos Estados Unidos condenou em 2010.
Israel considera Jerusalém sua capital "única e indivisível". Mas para a comunidade internacional, a ocupação e anexação de Jerusalém Oriental em 1967 é ilegal. Os palestinos querem estabelecer a capital de seu futuro Estado em Jerusalém Oriental.
Quase 340.000 israelenses vivem nas colônias da Cisjordânia ocupada. Outros 200.000 moram em bairros de colonização em Jerusalém Oriental, onde vivem mais de 270.000 palestinos.