Londres - Uma "Fundação pela Liberdade de Imprensa" foi lançada oficialmente esta segunda-feira (17/12) para "financiar e apoiar organizações atacadas por publicar a verdade", inclusive o site WikiLeaks, anunciou a página de Julian Assange em um comunicado.
A fundação, que tem o apoio de personalidades como o ator John Cusack e Daniel Ellsberg, o homem que vazou os ;papéis do Pentágono; sobre a guerra no Vietnã nos anos 1970, considerado um antecessor de Assange, tem o objetivo de promover um "jornalismo agressivo e de interesse público, centrado em lançar luz sobre a má gestão, a corrupção e as ilegalidades dos governos".
O comunicado destaca que a fundação se inspirou na luta do WikiLeaks contra o bloqueio econômico a que o submetem há dois anos grandes grupos financeiros como Visa, MasterCard ou PayPal, impedindo as doações a seu site.
Assange afirmou em novembro, em apresentação por videoconferência em Bruxelas, falando da embaixada do Equador em Londres, que o bloqueio custou ao WikiLeaks 30 milhões de libras (US$ 48,5 milhões de dólares) em doações perdidas.
Visto que a fundação é uma organização sem fins lucrativos, as doações ao WikiLeaks e a outras organizações como The National Security Archive, The UpTake ou MuckRockNews serão "dedutíveis nos Estados Unidos".
O site WikiLeaks, fundado em 2006, ficou conhecido publicando milhares de documentos secretos do exército americano sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.
Mas o que mais irritou nos Estados Unidos foi que Assange difundisse os despachos confidenciais chefiados ao departamento de Estado americano por suas embaixadas disseminadas pelo mundo.
Assange está refugiado há quase seis meses na embaixada do Equador em Londres para evitar uma extradição para a Suécia como suspeito de supostos crimes sexuais que tema que seja apenas uma escala antes de sua extradição aos Estados Unidos, onde teme ser posteriormente processado.