Tóquio - O Partido Liberal Democrata (PLD, direita) venceu neste domingo (16/12) as eleições legislativas no Japão por maioria absoluta e voltará ao poder depois de passar três anos na oposição, segundo as primeiras estimativas divulgadas pela imprensa.
O PLD, liderado pelo ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, obteve 293 das 480 da câmara baixa, e seus aliados do Novo Komeito, entre 27 e 35 cadeiras, o que garante a maioria absoluta aos conservadores, segundo a TV estatal NHK.
Se obtiver os dois terços, a coalizão liderada pelo PLD terá o poder de aprovar leis rejeitadas pelo Senado, a câmara alta do Parlamento, onde nenhum partido tem maioria. O Partido Democrata do Japão, no poder há três anos, conseguiria apenas de 55 a 77 deputados, contra 308 em 2009.
As pesquisas já indicavam a derrota acachapante do PDJ, do primeiro-ministro Yoshihiko Noda (centro-esquerda).
O presidente americano, Barack Obama, felicitou Shinzo Abe e o partido conservador pela vitória e destacou que "a Aliança de Estados Unidos e Japão opera como a pedra fundamental da paz e da prosperidade na região Ásia-Pacífico". "Espero com interesse o momento de trabalhar estreitamente com o próximo governo e com o povo do Japão sobre uma série de importantes questões bilaterais, regionais e globais", disse Obama.
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Shinzo Abe fez uma campanha na qual esboçou uma linha mais dura na política externa, em um momento de tensão com as autoridades chinesas por uma disputa sobre um grupo de ilhas no Mar da China Meridional.
Neste domingo, Abe advertiu a China que as ilhas Senkaku, reivindicadas energicamente por Pequim, pertencem ao Japão. "A China contesta o fato de que estas ilhas são uma parte inerente do território japonês. Nosso objetivo é acabar com esta reivindicação", declarou Abe ao canal NTV. "Não temos a intenção de prejudicar as relações entre Japão e China", completou o conservador, no entanto.
[SAIBAMAIS]A disputa territorial entre Tóquio e Pequim elevou a tensão desde setembro, após a nacionalização pelo Japão do pequeno arquipélago das Senkaku no Mar da China Meridional, comprado a um proprietário privado nipônico. Pequim reivindica as ilhas com o nome de Diayu.
Este "falcão", que foi primeiro-ministro em 2006 e 2007, afirmou durante a campanha eleitoral que só prometia o que podia cumprir, especialmente no campo econômico: o Japão enfrenta uma deflação persistente e um iene valorizado, em um contexto de crise econômica internacional.
Mais de 100 milhões de japoneses estavam registrados para escolher os 480 deputados da câmara baixa, que por sua vez elegerão o primeiro-ministro que governará uma nação com demografia envelhecida, poderosa economicamente mas em recessão e com uma diplomacia fragilizada ante o gigante chinês.
Trezentos deputados dos 480 foram designados em votação uninominal em 300 circunscrições locais. Os 180 restantes foram escolhidos pelo método proporcional em 11 grandes zonas regionais.
Com o peso da conjuntura econômica mundial e da tripla tragédia de março de 2011 (terremoto, tsunami e catástrofe nuclear de Fukushima), o PDJ desmoronou em menos de um mandato depois de ter chegado ao poder com uma opinião pública entusiasmada, que deu ao partido 308 deputados há apenas três anos.
Passando pelo aumento de uma dívida gigantesca (mais de 200% do PIB), o PDJ havia vencido graças a promessas generosas: escolaridade gratuita no ensino secundário, ajudas familiares, redução de impostos, imposto ao consumidor sem aumentos e supressão dos pedágios nas estradas.
O PDJ perdeu muitos simpatizantes pelo caminho e em 2010, o controle do Senado.
O PLD, liderado pelo ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, obteve 293 das 480 da câmara baixa, e seus aliados do Novo Komeito, entre 27 e 35 cadeiras, o que garante a maioria absoluta aos conservadores, segundo a TV estatal NHK.
Se obtiver os dois terços, a coalizão liderada pelo PLD terá o poder de aprovar leis rejeitadas pelo Senado, a câmara alta do Parlamento, onde nenhum partido tem maioria. O Partido Democrata do Japão, no poder há três anos, conseguiria apenas de 55 a 77 deputados, contra 308 em 2009.
As pesquisas já indicavam a derrota acachapante do PDJ, do primeiro-ministro Yoshihiko Noda (centro-esquerda).
O presidente americano, Barack Obama, felicitou Shinzo Abe e o partido conservador pela vitória e destacou que "a Aliança de Estados Unidos e Japão opera como a pedra fundamental da paz e da prosperidade na região Ásia-Pacífico". "Espero com interesse o momento de trabalhar estreitamente com o próximo governo e com o povo do Japão sobre uma série de importantes questões bilaterais, regionais e globais", disse Obama.
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Shinzo Abe fez uma campanha na qual esboçou uma linha mais dura na política externa, em um momento de tensão com as autoridades chinesas por uma disputa sobre um grupo de ilhas no Mar da China Meridional.
Neste domingo, Abe advertiu a China que as ilhas Senkaku, reivindicadas energicamente por Pequim, pertencem ao Japão. "A China contesta o fato de que estas ilhas são uma parte inerente do território japonês. Nosso objetivo é acabar com esta reivindicação", declarou Abe ao canal NTV. "Não temos a intenção de prejudicar as relações entre Japão e China", completou o conservador, no entanto.
[SAIBAMAIS]A disputa territorial entre Tóquio e Pequim elevou a tensão desde setembro, após a nacionalização pelo Japão do pequeno arquipélago das Senkaku no Mar da China Meridional, comprado a um proprietário privado nipônico. Pequim reivindica as ilhas com o nome de Diayu.
Este "falcão", que foi primeiro-ministro em 2006 e 2007, afirmou durante a campanha eleitoral que só prometia o que podia cumprir, especialmente no campo econômico: o Japão enfrenta uma deflação persistente e um iene valorizado, em um contexto de crise econômica internacional.
Mais de 100 milhões de japoneses estavam registrados para escolher os 480 deputados da câmara baixa, que por sua vez elegerão o primeiro-ministro que governará uma nação com demografia envelhecida, poderosa economicamente mas em recessão e com uma diplomacia fragilizada ante o gigante chinês.
Trezentos deputados dos 480 foram designados em votação uninominal em 300 circunscrições locais. Os 180 restantes foram escolhidos pelo método proporcional em 11 grandes zonas regionais.
Com o peso da conjuntura econômica mundial e da tripla tragédia de março de 2011 (terremoto, tsunami e catástrofe nuclear de Fukushima), o PDJ desmoronou em menos de um mandato depois de ter chegado ao poder com uma opinião pública entusiasmada, que deu ao partido 308 deputados há apenas três anos.
Passando pelo aumento de uma dívida gigantesca (mais de 200% do PIB), o PDJ havia vencido graças a promessas generosas: escolaridade gratuita no ensino secundário, ajudas familiares, redução de impostos, imposto ao consumidor sem aumentos e supressão dos pedágios nas estradas.
O PDJ perdeu muitos simpatizantes pelo caminho e em 2010, o controle do Senado.