Viena - O envolvimento nazista de um dos maiores regentes de orquestra da história, o austríaco Herbert von Karajan 1908-1989), já era real em 1933, demonstra o historiador austríaco Oliver Rathkolb, com base em documentos até agora desconhecidos.
Por ocasião de um seminário universitário em Viena, contrariando muitos biógrafos de von Karajan, o professor da Universidade de Viena diz que o regente tinha se filiado em 8 de abril de 1933 ao Partido Nazista (NSDAP) com o carnê número 1.607.525, dois meses antes de o movimento hitlerista ser proscrito na Áustria, onde se manteve proibido até a anexação (Anschluss) do país por Adolf Hitler em 1938.
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Por não ter pago suas mensalidades, um novo carnê de afiliado (número 3.430.914) lhe foi concedido em seguida, retroativamente a 1; de maio de 1933. Este tipo de carnê de afiliado retroativo era entregue pelo partido nazista a personalidades de prestígio. Estes elementos figuram em um arquivo de cartões de afiliados do NSDAP, com foto do jovem von Karajan e uma confirmação por escrito do músico sobre sua adesão, datada de 26 de novembro de 1936.
Perante uma Comissão de Desnazificação instituída pelos Aliados em 1945-1946, von Karajan tinha admitido ter se filiado ao Partido Nazista, e afirmou tê-lo feito não por convicção, mas preocupado com sua carreira, em uma época em que os nazistas controlavam inteiramente a vida cultural na Alemanha, sob a supervisão do líder da propaganda nazista, Joseph Goebbels.
No entanto, durante sua juventude, von Karajan já tinha manifestado simpatia com a extrema direita nacionalista. Quando estava no instituto, era membro de uma associação ultranacionalista, a Corporação pangermanista Rugia. Em cartas da época, não escondia seu antissemitismo e denunciava, por exemplo, o "enjudiamento de Volkoper", em Viena.
Segundo o historiador, o fato, usado em sua defesa por muitos biógrafos, de que depois de seu divórcio em 1942 se casou no mesmo ano com a filha de um rico industrial têxtil, Anita Gütermann, um "quarto judia" (Vierteljüdin) no vocabulário burocrático das leis raciais nazistas, não serve para pôr em dúvida seu compromisso nazista.
Por ocasião de um seminário universitário em Viena, contrariando muitos biógrafos de von Karajan, o professor da Universidade de Viena diz que o regente tinha se filiado em 8 de abril de 1933 ao Partido Nazista (NSDAP) com o carnê número 1.607.525, dois meses antes de o movimento hitlerista ser proscrito na Áustria, onde se manteve proibido até a anexação (Anschluss) do país por Adolf Hitler em 1938.
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Por não ter pago suas mensalidades, um novo carnê de afiliado (número 3.430.914) lhe foi concedido em seguida, retroativamente a 1; de maio de 1933. Este tipo de carnê de afiliado retroativo era entregue pelo partido nazista a personalidades de prestígio. Estes elementos figuram em um arquivo de cartões de afiliados do NSDAP, com foto do jovem von Karajan e uma confirmação por escrito do músico sobre sua adesão, datada de 26 de novembro de 1936.
Perante uma Comissão de Desnazificação instituída pelos Aliados em 1945-1946, von Karajan tinha admitido ter se filiado ao Partido Nazista, e afirmou tê-lo feito não por convicção, mas preocupado com sua carreira, em uma época em que os nazistas controlavam inteiramente a vida cultural na Alemanha, sob a supervisão do líder da propaganda nazista, Joseph Goebbels.
No entanto, durante sua juventude, von Karajan já tinha manifestado simpatia com a extrema direita nacionalista. Quando estava no instituto, era membro de uma associação ultranacionalista, a Corporação pangermanista Rugia. Em cartas da época, não escondia seu antissemitismo e denunciava, por exemplo, o "enjudiamento de Volkoper", em Viena.
Segundo o historiador, o fato, usado em sua defesa por muitos biógrafos, de que depois de seu divórcio em 1942 se casou no mesmo ano com a filha de um rico industrial têxtil, Anita Gütermann, um "quarto judia" (Vierteljüdin) no vocabulário burocrático das leis raciais nazistas, não serve para pôr em dúvida seu compromisso nazista.