A oposição, incluindo a Frente de Salvação Nacional (FSN), presidida por Mohamed ElBaradei, ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia atômica (AIEA), deve sair a partir das 16h00 horas locais da praça Tahrir, no centro do Cairo, e se dirigir à região do palácio presidencial, nos subúrbios da capital. "Terça-feira decisiva", afirmava o jornal governamental Al Joumhouria.
Mursi concedeu na segunda-feira poderes policiais ao exército, incluindo o direito de prender civis, até o anúncio no sábado do resultado do referendo constitucional sobre um polêmico projeto de Constituição que divide o país. Com este decreto, o exército tem a autoridade para prender civis, uma prerrogativa muito criticada durante o período em que os militares dirigiram o país após a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, até a eleição de Mursi, em junho de 2012.
Um decreto presidencial de 22 de novembro ampliando os poderes do presidente provocou uma onda de protestos e manifestações no país, antes de ser anulado. Na quarta-feira, dia 5 de dezembro, confrontos entre partidários e adversários de Mursi deixaram sete mortos na capital.