Pela primeira vez desde 2004, uma delegação da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) avaliará a Colômbia no que se refere ao respeito e à preservação dos direitos humanos e de liberdades. A comissão independente, que já está em Bogotá, analisa se a Colômbia deve ser retirada da chamada ;lista negra; do órgão, formada pelos países que violam os direitos humanos. No dia 7, a comissão deve fazer um balanço sobre a visita.
Ao longo desta semana, a delegação reúne-se com representantes da sociedade civil e autoridades para abordar temas como a justiça, reforma militar, o tratamento de vítimas e a situação de grupos discriminados, como mulheres, crianças, adolescentes, indígenas, homossexuais e transexuais.
O presidente da comissão é José de Jesús Orozco Henríquez. Ele conversou com o vice-presidente colombiano, Angelino Garzón, e representantes dos ministérios do Trabalho, da Saúde e Proteção Social, Cultura, Educação e Habitação. ;O objetivo é analisar a situação dos direitos humanos na Colômbia, analisar os problemas e o que foi realizado;, disse Orozco.
A comissão deve se reunir ainda com representantes de organizações não governamentais, funcionários do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Colômbia, integrantes do Ministério da Defesa e parlamentares.
Em seu último relatório Defensoras e Defensores dos Direitos Humanos, publicado em março,a comissão concluiu que a Colômbia é um dos países da América Latina no qual as pessoas sofrem mais ameaças.
"A vontade do governo colombiano de abrir a porta para uma visita da comissão implica disposição para se submeter ao escrutínio internacional, refletindo o compromisso de cumprir as obrigações em direitos humanos", diz em nota a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos.