O México está imerso em uma onda de violência que deixou dezenas de milhares de mortos e desaparecidos como consequência dos conflitos entre traficantes que disputam as rotas entre os Estados Unidos e a guerra que Calderón iniciou em 2006 para combatê-los.
Medo da ausência de poder
A cerimônia realizada na madrugada deste sábado se assemelha à protagonizada em 2006 por Calderón, do conservador Partido Ação Nacional (PAN), quando recebeu o comando de Vicente Fox, do mesmo partido, em meio a um ambiente político extremamente sensível pela recusa da esquerda em aceitar os resultados eleitorais.
Contudo, diferentemente deste sábado, a cerimônia foi celebrada na casa presidencial de Los Pinos, sem a presença dos dois gabinetes - o novo e o antigo.
Calderón reconheceu recentemente em uma entrevista que decidiu assumir a presidência nessas condições para ter, desde o início de seu mandato, o comando da força pública, para evitar um "vazio constitucional".
"Sabíamos que haveria uma jornada muito difícil (...), que iria haver uma responsabilidade muito forte", disse ao jornalista da Televisa, principal rede de TV do México, Joaquín López-Dóriga.