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Panamá é o único país latino-americano que votou contra status palestino

Panamá - O Panamá foi o único país da América Latina que votou contra o reconhecimento da Palestina por parte das Nações Unidas como Estado observador não-membro da ONU, ao contrário da grande maioria dos países da região que votaram a favor.

Para ser reconhecida como Estado, a Palestina deve primeiro negociar de forma direta um processo de paz com Israel no qual se reconheça o direito do país hebreu a sua segurança, segundo o ministério das Relações Exteriores panamenho em um comunicado.

O governo panamenho "considera que a Palestina tem o direito de ser reconhecida como Estado e, consequentemente, fazer parte da comunidade internacional das Nações Unidas, no entanto, para isso, deve, primeiro, resolver suas diferenças com seu vizinho, o Estado de Israel", afirma o texto.

Segundo o governo panamenho, o processo de paz entre palestinos e israelenses "deve reconhecer que Israel tem o direito a uma existência pacífica e segura em seu território nacional, já reconhecido histórica e legalmente pela comunidade internacional".

Por essas razões, o governo de Ricardo Martinelli "lamenta não poder apoiar a resolução pela Palestina.

A Assembleia Geral das Nações Unidas concedeu nesta quinta-feira o status de Estado observador à Palestina, em uma importante vitória diplomática do presidente Mahmud Abbas contra a posição de Estados Unidos e Israel.

Do total de 188 votos na Assembleia Geral da ONU, 138 países aprovaram o novo status, 9 rejeitaram e 41 se abstiveram.