A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nessa segunda-feira (26/11) resolução que condena a mutilação genital feminina - chamada de circuncisão feminina - e pede aos países que passem a orientar de forma educativa sobre a necessidade de acabar com a prática. A circuncisão feminina ainda ocorre em regiões tribais da África que seguem o islamismo, mas adotam tradições próprias.
Em geral, as meninas são submetidas à mutilação ainda na infância, antes da adolescência. A prática consiste na retirada do clitóris e, em alguns casos, também dos grandes lábios. No texto, a ONU apela para que os países adotem medidas como a proibição da prática, com o objetivo de proteger mulheres e crianças de ;qualquer forma de violência;, e encerrem a impunidade.
[SAIBAMAIS]No texto, as Nações Unidas pedem que as autoridades se esforcem para orientar sobre o atendimento médico às meninas e mulheres, e que os líderes religiosos e comunitários contribuam com as ações. A resolução criou a data de 6 de fevereiro como o Dia Internacional da Tolerância Zero contra a Mutilação Genital Feminina.
Durante a discussão na Assembleia Geral da ONU, vários líderes de países africanos destacaram a importância do texto para intensificar a luta internacional contra a prática.