Paris - Os Estados Unidos reafirmaram sua "inabalável" solidariedade para com Israel após o atentado desta quarta-feira (21/11) contra um ônibus em Tel Aviv, enquanto os europeus e russos insistem em um cessar-fogo entre israelenses e palestinos.
Depois de condenar a ação "terrorista" que deixou pelo menos 17 pessoas feridas e ressaltar que "estes ataques contra os civis inocentes são escandalosos", os americanos anunciaram que concederão "a ajuda necessária para identificar e levar à justiça os autores" da explosão, em um comunicado da Casa Branca. Washington reiterou seu "compromisso inabalável com a segurança de Israel e a profunda amizade e solidariedade com o povo israelense".
Paris e Berlim, além de condenarem o ataque, fizeram um apelo por um "cessar-fogo imediato" no Oriente Médio. "Eu condeno com a maior firmeza o atentado que acaba de ocorrer em Tel Aviv, que teve como alvo civis, no momento em que tudo deve ser feito para alcançar um cessar-fogo", declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius.
"A urgência é a instauração de um cessar-fogo durável. Eu me reunirei mais uma vez com meus homólogos israelense, egípcio e americano", acrescentou. "A situação atual exige um cessar-fogo imediato", declarou durante uma coletiva de imprensa o porta-voz governamental alemão, que denunciou com a "maior veemência o ataque", Steffen Seibert.
Berlim, que assegurou que "continua a fazer todo o possível para contribuir com um abrandamento do conflito", pediu "mais uma vez que as lideranças em Gaza interrompam os disparos de foguetes que têm como alvo Israel". "A Rússia condena com veemência este atentado terrorista criminoso", reagiu o Ministério russo das Relações Exteriores.
[SAIBAMAIS]"É indispensável mencionar que o atentado em Tel Aviv ocorreu no oitavo dia de confronto entre israelenses e palestinos em Gaza. Neste contexto, reiteramos nosso apelo às duas partes para que coloquem um fim ao conflito armado", acrescentou. O ministério declarou que espera que os esforços de mediação realizados pelo Egito e por outros países tenham sucesso em acabar "com a violência, os bombardeios e sofrimento da população civil, abrindo caminho para um cessar-fogo durável".
A Romênia também denunciou este "atentado terrorista". Em seu primeiro posicionamento público sobre a situação na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelense, o Papa Bento XVI lançou um "apelo" no qual "encoraja as iniciativas e os esforços de todos aqueles que procuram obter uma trégua e promover as negociações".
"O ódio e a violência não são uma solução", diante do "aumento da violência entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza", ressaltou durante sua audiência semanal, incitando "as autoridades dos dois lados a adotar decisões corajosas em favor da paz".
Em visita à Israel e aos Territórios Palestinos, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu o fim "imediato" dos disparos de foguetes palestinos contra as aglomerações urbanas israelenses, ao considerar que "chegou o momento da diplomacia e do fim da violência". "Consideramos, França e Itália, (...) que todos os esforços (...) feitos para obter esta trégua são essenciais", disse François Hollande, ao lado do seu homólogo italiano Giorgio Napolitano, durante uma conferência de imprensa.
O presidente francês lamentou que os civis sejam os mais afetados pelo conflito e destacou a importância de um cessar-fogo e de uma trégua "para evitar uma escalada".