WASHINGTON - O relatório distribuído entre os funcionários do governo americano sobre o ataque contra o consulado em Benghazi, Líbia, foi alterado pela comunidade de inteligência, não pela Casa Branca, informou o canal CNN.
Militantes armados atacaram a representação americana em Benghazi, leste da Líbia, em 11 de setembro, em um ataque coordenado que matou quatro americanos, incluindo o embaixador Chris Stevens.
A CNN cita Shawn Turner, porta-voz do diretor nacional de inteligência James Clapper, que afirma que funcionários da inteligência - não a Casa Branca, o Departamento de Estado ou o Departamento de Justiça - alteraram o documento dos pontos de debate, que circulou entre as pessoas que falaram publicamente sobre o incidente.
"A comunidade de inteligência fez mudanças substanciais e analíticas antes que os pontos de debate fossem enviados às agências do governo", disse Turner. "Não foram feitas mudanças substanciais nos pontos de debate depois que a comunidade de inteligência enviou o relatório", completou.
As declarações foram divulgadas no momento em que o presidente Barack Obama estuda designar a embaixadora do país na ONU, Susan Rice, como sucessora de Hillary Clinton no comando do Departamento de Estado, o que é criticado pelos republicanos, que acusam Rice de ter enganado a opinião pública sobre o ocorrido em Benghazi.
Em entrevistas cinco dias depois do ataque ao consulado, Rice afirmou que o incidente foi uma "manifestação espontânea que degenerou", em reação a um vídeo anti-islâmico.
Quase 100 congressistas republicanos escreveram na segunda-feira a Obama para dissuadi-lo de designar Rice como chefe da diplomacia. O Senado precisa aprovar as nomeações do presidente.