Mais cedo, o presidente americano teve uma reunião com o colega birmanês, o ex-general Thein Sein, que comanda as reformas políticas no país há 18 meses. O encontro aconteceu no Parlamento regional de Yangun, antiga capital do país. Obama foi recebido por milhares de pessoas no caminho até o prédio oficial. Mais tarde, em um discurso na Universidade de Yangun, Obama pediu o fim da violência étnica no oeste de Mianmar.
"Durante muito tempo, o povo deste país, incluindo a etnia rakhine, foi vítima de uma pobreza esmagadora e da perseguição. Mas não há desculpa para a violência contra os inocentes", disse. A violência entre budistas da etnia rakhine e muçulmanos rohingya, em junho e outubro, deixou pelo menos 180 mortos e mais de 110.000 deslocados, em sua grande maioria rohingyas, considerados pela ONU uma das minorias mais ameaçadas do planeta.
Os 800.000 rohinguas que vivem no oeste de Mianmar foram perseguidos por décadas pela antiga junta militar e sofrem com o preconceito da população birmanesa. "Os rohingyas têm a mesma dignidade que vocês e eu", disse Obama, antes de afirmar que a reconciliação nacional levará tempo, mas que chegou o momento interromper as provocações e a violência.