Jerusalém - O exército israelense afirmou que seu ataque que matou o chefe das operações militares do braço armado do Hamas, Ahmed al-Jaabari, nesta quarta-feira (14/11) em Gaza, marca o início de uma operação militar contra grupos armados no território palestino.
"Após os disparos de foguetes nestes últimos dias contra Israel, o chefe do Estado-Maior decidiu autorizar uma operação contra organizações terroristas de Gaza, (como) o Hamas, a Jihad Islâmica e outras organizações", declarou a porta-voz do exército. "Este é o início", acrescentou.
Em Gaza, aviões israelenses realizaram seis ou sete incursões em várias partes do território, indicaram testemunhas. Outras testemunhas indicaram que dezenas de tanques se encontravam estacionados perto da fronteira entre Israel e Gaza, do lado israelense.
O braço armado do Hamas, por sua vez, prometeu uma resposta massiva a Israel pelo assassinato de al-Jaabari, e afirmou em um comunicado que o Estado hebreu "abriu as portas do inferno".
[SAIBAMAIS]As Brigadas Ezzedine Al-Qassam declaram "carregar o luto por um de seus principais chefes, Ahmed al-Jaabari, e se comprometem a prosseguir no caminho da resistência", segundo o texto, no qual afirmam que "o ocupante abriu assim as portas do inferno".
O porta-voz do governo do Hamas em Gaza, Taher al-Nunu, declarou à AFP que "Israel tinha a responsabilidade por estes crimes e por suas graves consequências". "Pedimos à comunidade internacional que detenha a matança de nosso povo, que tem o direito de se defender", acrescentou.
Ahmed al-Jaabari, chefe das operações militares do braço armado do Hamas, morreu nesta quarta-feira em um ataque israelense contra seu carro em Gaza.