Tóquio - O Japão terá eleições gerais no dia 16 de dezembro, informou nesta quarta-feira (14/11) o secretário-geral adjunto do Partido Democrata (PDJ), Jun Azumi.
Ao ser questionado em um programa do canal NHK se o Japão organizaria eleições legislativas antecipadas na data, caso o primeiro-ministro dissolva a Câmara na sexta-feira (16/11), como está previsto, Azumi respondeu de maneira afirmativa. Durante um debate com a oposição, o chefe de Governo Yoshihiko Noda se comprometeu a dissolver a Câmara dos Deputados a partir do fim de semana em troca de uma promessa de voto das leis essenciais atualmente bloqueadas.
Constitucionalmente, a votação geral deve acontecer até 40 dias depois da dissolução. No momento em que membros do partido de Noda manifestaram desaprovação ao calendário, o líder da oposição, Shinzo Abe, aceitou as condições, assim como o partido centrista Komeito.
[SAIBAMAIS]Abe, primeiro-ministro de setembro de 2006 a setembro de 2007, acaba de ser reeleito para a liderança do Partido Liberal Democrata e espera voltar ao comando do governo. O PDJ de Noda pode perder a maioria na câmara baixa por promessas não cumpridas e pela queda da confiança de parte da população desde que chegou ao poder, em 2009, após mais de meio século de governos da direita.
Noda, nomeado primeiro-ministro em setembro de 2011, seis meses depois do tsunami e do acidente nuclear de 11 de março de 2011, está em um atoleiro político, pois suas ambições são bloqueadas pela oposição que controla do Senado, o que impede a votação leis indispensáveis para o funcionamento do Estado.