Uma missão formada por representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da União Africana (UA), da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) e da Organização das Nações Unidas (ONU) aguarda orientações para seguir para uma ação conjunta na Guiné-Bissau. O país vive sob tensão desde o golpe militar ocorrido há sete meses.
O presidente de Portugal, Cavaco Silva, conversou nesta terça-feira (13/11) sobre o assunto com o secretário executivo da CPLP, Murade Muragy. Após o encontro, Cavaco Silva disse que o grupo está à espera das orientações da União Africana, que determinará os procedimentos da missão.
Em setembro, a ONU decidiu enviar à Guiné-Bissau uma missão para avaliar a situação e recomendar medidas de estabilização. Desde o golpe militar, em abril, um governo de transição administra o país. A prioridade para a ONU é restabelecer a ordem das instituições democráticas.
[SAIBAMAIS]Há informações de que, no fim deste mês, as autoridades de Guiné-Bissau se reunirão para definir os rumos do país, na Etiópia. Ao ser perguntado sobre o papel da CPLP na missão, Murade Muragy disse que o objetivo é ;dar as condições que os guineenses entenderem necessárias para o diálogo;.
A tensão na Guiné-Bissau também é tema de reunião entre os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e de Angola, Georges Chikoti, durante a 1; Comissão Bilateral de Alto Nível, em Brasília, hoje e nesta quarta-feira (14/11).