Doha - O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal organismo da oposição síria no exterior, iniciou neste domingo em Doha uma reunião crucial de quatro dias para ampliar sua representação, questionada pelos Estados Unidos. No total, 286 membros do CNS, considerado até agora a principal coalizão da oposição que busca a queda do regime de Bashar al-Assad, reformarão os estatutos do organismo para ampliar o Conselho a novos integrantes, antes da eleição de uma nova direção na quarta-feira.
Como complemento do encontro, a Liga Árabe e o Qatar, país anfitrião, convidaram os participantes e outros grupos e personalidades da oposição síria para outra reunião "consultiva" na quinta-feira.
No discurso inaugural, o presidente em fim de mandato do CNS, Abdel Baset Sayda, denunciou "as muitas tentativas de encontrar substitutos" ao CNS, embora tenha reconhecido que certas críticas formuladas contra a coalizão são "fundamentadas".
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Sayda pediu, ainda, a "organizar e unificar a ação militar" contra o regime sírio para que os grupos que lutam no terreno "constituam o núcleo do próximo exército sírio". A criação de um governo no exílio dirigido por Riad Seif, ex-deputado que passou vários anos na prisão, chegou a ser aventada.
Seif, no entanto, negou neste domingo que tenha a aspiração de presidir um governo no exílio e afirmou que trabalha para que a oposição tenha uma nova direção política.
[SAIBAMAIS]"Em nenhum caso serei candidato a dirigir um governo sírio no exílio", disse, antes do início da reunião do CNS, Seif, que passou vários anos na prisão. "Tenho 66 anos e muitos problemas de saúde", argumentou Seif, que sofre de câncer.
Seif disse que se limitaria a "ajudar a formar uma direção política que satisfaça o povo sírio e o mundo" e destacou que sua iniciativa "não é um substituto do CNS, mas deve ser um componente importante do mesmo".
Na reunião prevista para quinta-feira, "constituiremos uma direção política que formará o quanto antes um governo de tecnocratas", afirmou Seif.
Este encontro acontecerá no momento em que o CNS, considerado há muito tempo um "interlocutor legítimo" da comunidade internacional, parece ter caído em desgraça com Washington.
Na quarta-feira passada, a secretária de Estado americana Hillary Clinton criticou publicamente o CNS, ao afirmar que não poderia ser mais considerado o dirigente visível da oposição. Também defendeu uma nova oposição "mais ampla", incluindo os sírios do país.
O CNS reagiu afirmando que Washington deseja modelar o Conselho a sua maneira para que negocie com o regime.
Como complemento do encontro, a Liga Árabe e o Qatar, país anfitrião, convidaram os participantes e outros grupos e personalidades da oposição síria para outra reunião "consultiva" na quinta-feira.
No discurso inaugural, o presidente em fim de mandato do CNS, Abdel Baset Sayda, denunciou "as muitas tentativas de encontrar substitutos" ao CNS, embora tenha reconhecido que certas críticas formuladas contra a coalizão são "fundamentadas".
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Sayda pediu, ainda, a "organizar e unificar a ação militar" contra o regime sírio para que os grupos que lutam no terreno "constituam o núcleo do próximo exército sírio". A criação de um governo no exílio dirigido por Riad Seif, ex-deputado que passou vários anos na prisão, chegou a ser aventada.
Seif, no entanto, negou neste domingo que tenha a aspiração de presidir um governo no exílio e afirmou que trabalha para que a oposição tenha uma nova direção política.
[SAIBAMAIS]"Em nenhum caso serei candidato a dirigir um governo sírio no exílio", disse, antes do início da reunião do CNS, Seif, que passou vários anos na prisão. "Tenho 66 anos e muitos problemas de saúde", argumentou Seif, que sofre de câncer.
Seif disse que se limitaria a "ajudar a formar uma direção política que satisfaça o povo sírio e o mundo" e destacou que sua iniciativa "não é um substituto do CNS, mas deve ser um componente importante do mesmo".
Na reunião prevista para quinta-feira, "constituiremos uma direção política que formará o quanto antes um governo de tecnocratas", afirmou Seif.
Este encontro acontecerá no momento em que o CNS, considerado há muito tempo um "interlocutor legítimo" da comunidade internacional, parece ter caído em desgraça com Washington.
Na quarta-feira passada, a secretária de Estado americana Hillary Clinton criticou publicamente o CNS, ao afirmar que não poderia ser mais considerado o dirigente visível da oposição. Também defendeu uma nova oposição "mais ampla", incluindo os sírios do país.
O CNS reagiu afirmando que Washington deseja modelar o Conselho a sua maneira para que negocie com o regime.