Morales, que quando criaça foi criador de lhamas e jovem foi trompetista e camponês ;cocalero; (plantador de pés de coca), tem atualmente um patrimônio líquido de 2,7 milhões de bolivianos (pouco mais de US$ 350.000 dólares), revelou o jornal El Deber da cidade de Santa Cruz, que teve acesso à declaração de renda do presidente na controladoria.
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Por lei, todos os funcionários públicos bolivianos devem fazer uma declaração de bens e rendimentos. Segundo o jornal, o presidente, um indígena de esquerda, informou em 2006, ao chegar ao governo, um patrimônio de 779.000 bolivianos (US$ 111.900 dólares) que triplicou após sete anos no poder.
"Penso que o informe da controladoria é um informe correto, é público", afirmou a porta-voz do governo, explicando que "é um patrimônio que aumenta apenas pela valorização de seus bens".
Morales recebe salário mensal de 15.000 bolivianos (US$ 2.100 dólares) e sempre assegurou não ter outros rendimentos para marcar diferença com seus antecessores que, segundo ele, tinham gastos reservados que chegavam aos 10.000 dólares mensais.
A ministra Dávila citou o caso do presidente uruguaio, José Mujica, que decidiu doar parte de seu salário à ajuda social. Ela afirmou, ainda, que Morales também costuma doar dinheiro aos pobres, embora não tenha informado quando nem quanto.