Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, lembrou neste domingo o assassinato do ex-chefe de governo Yitzhak Rabin, em 1995, e afirmou que este já tinha "identificado a ameaça iraniana".
"Inclusive quando Yitzhak Rabin era primeiro-ministro, o Irã começou a representar uma ameaça para Israel, para a região e para o mundo inteiro", declarou Netanyahu durante uma cerimônia oficial no Monte Herzl, onde estão os restos de Rabin, morto há 17 anos, de acordo com o calendário hebraico lunar.
"Yitzhak Rabin identificou esta ameaça. Desde então, o Irã avançou sistematicamente em seu programa de armas nucleares. Estabeleceu bases terroristas no Líbano e em Gaza", acrescentou.
"Frente a esta realidade mutante, precisamos lembrar outro princípio que Yitzhak Rabin havia compreendido: as garantias da paz com nossos vizinhos são, em primeiro lugar, a nossa força e a nossa capacidade para nos defendermos", insistiu Netanyahu, cujo partido, o Likud, era um adversário político do trabalhista Rabin.
O Knesset (Parlamento) dedicou neste domingo uma sessão especial ao ex-chefe de governo.
Envolvido no processo de paz com os palestinos, Rabin foi assassinado com três tiros pelas costas disparados por um simpatizante da direita radical depois de um ato pacifista em Tel Aviv, no dia 4 de novembro de 1995.
Neste domingo, no início da reunião semanal do governo, na qual foi respeitado um minuto de silêncio em memória da tragédia, Netanyahu denunciou o assassinato, que classificou como "um dos maiores crimes da História contemporânea".