A exemplo do Brasil, o Chile vive hoje (28) um dia de eleições municipais. O Serviço Eleitoral chileno calcula que mais 13 milhões de eleitores irão às urnas neste domingo, apesar da campanha de algumas entidades que defendem a ausência na votação. O voto no Chile é voluntário. Até as eleições municipais de 2008, era obrigatório. Na ocasião, houve abstenção de 25% e mais de 500 mil votos foram considerados inválidos e em branco.
A eleição de hoje envolve 17 partidos políticos e 11 mil candidatos a prefeito e vereador, em 345 cidades. Para analistas políticos chilenos, as eleições de hoje servirão como termômetro para a disputa presidencial de 2013.
Um relatório da Rádio Universidade do Chile critica a falta de programas de vários partidos políticos e a propaganda gráfica. O diretor do Serviço Eleitoral, Juan Ignacio García, disse que "a quantidade de opções na cédula pode atrasar o processo de cálculo e a emissão dos resultados%u201D.
Pesquisa elaborada pelo Instituto Nacional de Juventude revelou que 43% dos jovens não pretendem votar nas eleições de hoje. Segundo o levantamento, 20% dos entrevistados se disseram indecisos e 34% indicaram o desejo de votar.
"O nosso apelo para não votar nas eleições municipais é um aviso e, ao mesmo tempo, um convite a construir novos caminhos para a reforma estrutural do sistema político", disse a porta-voz da Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundários (Aces), Heloise Gonzalez.