Havana - Milhares de vítimas do furacão Sandy começaram a receber ajuda das autoridades depois de o fenômeno climático ter matado 11 pessoas e provocado muita destruição durante a sua passagem na quinta-feira pelo sul de Cuba.
Recursos técnicos e humanos, alimentos e produtos de primeira necessidade estão sendo enviados rapidamente para as áreas afetadas, anunciaram as autoridades, após uma reunião do Conselho de Defesa dirigida pelo presidente cubano, Raúl Castro, que deverá visitar o local do desastre em breve.
[SAIBAMAIS]As autoridades continuam com o trabalho de avaliação de danos para fornecer "alívio imediato e organizado" para as vítimas do Sandy, de acordo com o jornal oficial Granma.
Raúl Castro conversou com autoridades locais por telefone para manifestar a sua "confiança no trabalho de reparação" a ser feito e disse que vai visitar a região "nas próximas horas".
As três províncias mais afetadas são as de Santiago de Cuba, Guantánamo e Holguín, no extremo sudeste da ilha, atravessadas pelo Sandy em apenas cinco horas na quinta-feira, o que provocou chuvas torrenciais acompanhadas de ventos de até 190 km/h.
Centenas de casas foram danificadas, especialmente na cidade de Santiago de Cuba, a segunda maior do país. Milhares de árvores e postes de eletricidade e telefone também foram derrubados por Sandy. Duas usinas pararam de funcionar.
O restabelecimento do fornecimento da energia elétrica é uma prioridade para os serviços de emergência e várias equipes especializadas vieram do norte e do centro da ilha para participar dos trabalhos, informou a mídia local.
Com 11 mortes, Sandy se tornou o segundo furacão mais mortífero em Cuba nos últimos 50 anos, depois do Dennis que causou 16 mortes em 2005 no sudeste da ilha.
O coronel Puig Gonzalez, diretor de operações do Estado-Maior da Defesa Civil de Cuba, ressaltou que as chuvas tinham ajudado aumentar para 78% o nível da capacidade dos reservatórios das áreas afetadas pelo furacão.