Havana - A Defesa Civil cubana decretou "alerta de ciclone", a fase mais elevada da emergência, para cinco províncias do leste da ilha e acelerou as medidas de proteção diante da aproximação do furacão Sandy, que cruzou a Jamaica essa quarta-feira (24/10) sem perder intensidade.
Sandy cruzou a Jamaica entre 15h30 e 17h locais (16h30 e 18h de Brasília) "sem perder intensidade, pois seus ventos máximos continuam em 130 km/h", disse o chefe de prognósticos do Instituto de Meteorologia, José Rubiera. O furacão foi situado 185 km a sul-sudeste de Santiago de Cuba às 18h locais (19h), o que provoca intensa atividade preventiva em Cuba.
"Não se pode por nenhuma vida em perigo, nenhuma", declarou Lázaro Expósito, chefe do Conselho de Defesa de Santiago de Cuba, que juntamente com as províncias de Holguín, Guantánamo, Las Tunas e Granma foram declaradas em "alerta de ciclone" esta quarta-feira.
"É preciso tirar as pessoas de onde nós sabemos que ocorrem cheias e não perder tempo", enfatizou Expósito, segundo um informe do telejornal do meio-dia. Poucas horas antes, a Defesa Civil tinha declarado "alerta" nestas cinco províncias, além da de Camagüey.
Além disso, o ministério dos Transportes suspendeu os serviços de ônibus e trens de e para as províncias orientais, enquanto as autoridades regionais aceleravam as evacuações de pessoas e gado para áreas seguras. Rubiera alertou sobre chuvas intensas e cheias marinhas na costa sul-oriental, por onde o furacão Sandy entrará por volta da meia-noite, onde podem ser esperadas ondas de até nove metros de altura.
O especialista calculou que o furacão se movimentará durante cerca de seis horas por território cubano antes de ir para o mar ao amanhecer ao norte destas províncias, com uma extensa área de chuvas que podem afetar a parte leste da ilha. A temporada de ciclones no Atlântico se estende de 1; de julho a 30 de novembro, mas os registros indicam que outubro é o mês mais perigoso para Cuba.