;Nas últimas duas décadas, a Colômbia testemunhou um processo de concentração da terra. Sem propôr uma reforma agrária, as Farc estimularam a colonização de áreas devolutas, zonas pouco aptas para o cultivo da folha de coca;, explica Fernando Natanael Cubides Cipagauta, sociólogo da Universidad Nacional de Colómbia (Bogotá). Se a questão fundiária é considerada sensível, o cientista político Carlo Nasi Lignarolo ; da Universidad de Los Andes, também na capital ; vê a temática do narcotráfico como inegociável. ;É algo simplesmente impossível de resolver na mesa de diálogo. É preciso debater esse assunto, no sentido de definir o papel das Farc no negócio e fixar seu status como distinto de um cartel de drogas;, defende o estudioso.