Washington - Funcionários de uma empresa de segurança privada que trabalha para o Exército americano no Afeganistão foram demitidos e acusados pela Justiça de realizar festas em que foram consumidos álcool e drogas, noticiou essa quarta-feira (17/10) a emissora ABC.
A rede de televisão americana publicou em seu site na internet um vídeo em que vários homens aparecem sem camisa, bebendo vodca e outro, o enfermeiro do grupo, com as pupilas dilatadas por efeito de uma injeção de quetamina, um forte analgésico usado em cavalos.
O vídeo, gravado com telefone celular no começo de 2012 no centro de operações da empresa Jorge Scientific em Cabul, foi enviado à ABC por dois ex-trabalhadores que entraram com ações legais contra seus ex-colegas por colocar em risco vidas alheias.
"Puseram em risco a vida dos funcionários de Jorge, soldados americanos e prejudicaram a missão dos Estados Unidos" no Afeganistão, afirmou um dos denunciantes na ação publicada pela ABC.
Os funcionários de Jorge Scientific trabalhavam em um contrato de 47 milhões de dólares para treinar a polícia afegã na luta contra a insurreição. Os trabalhadores a serviço do exército americano têm proibido o consumo de álcool e drogas.
A empresa assegurou em um comunicado ter adotado "medidas firmes para por fim ao comportamento inaceitável de um número militado de trabalhadores" e aberto uma "investigação independente". Os envolvidos no caso foram demitidos.
O Pentágono "leva muito a sério as alegações de comportamento inapropriado de funcionários de empresas de segurança privada e militares", explicou à AFP um porta-voz, o comandante Bill Speaks, que antecipou que o Exército em terra iniciou uma investigação.
No começo de julho cerca de 114.000 funcionários terceirizados trabalhavam para o Pentágono no Afeganistão, número amplamente superior aos 90.000 soldados americanos deslocados no terreno, segundo dados do Departamento de Defesa.