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ONU está preocupada com presença de combatentes estrangeiros na Síria

Nova York - Os combatentes estrangeiros são um perigoso elemento de "radicalização" do conflito sírio, consideraram nesta terça-feira (16/10) os membros da Comissão de Investigação da ONU sobre a Síria, chefiada pelo brasileiro Paulo Pinheiro.

"A presença desses militantes estrangeiros radicais, islamitas ou jihadistas, nos preocupa muito", explicou à imprensa o brasileiro chefe da comissão, indicando que são "centenas".

[SAIBAMAIS] "Sua presença pode contribuir para uma radicalização (...), é muito perigosa em um conflito explosivo", disse. Eles "não estão lá necessariamente para construir um Estado democrático na Síria", e sim porque seguem "suas próprias motivações", acrescentou.

Segundo Karen Abu Zayd, integrante da Comissão, os estrangeiros que lutam contra as forças do governo "radicalizam alguns elementos do Exército Sírio Livre, em parte porque têm armas" às quais o restante da oposição não tem acesso.

As entrevistas realizadas pela Comissão, que não foi capaz de visitar a Síria, mostram que estes estrangeiros "são provenientes de onze países e não apenas dos países vizinhos", indicou Pinheiro.