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Mesquita histórica dos Omíadas é danificada por combates na Síria

Aleppo - Parte da Grande Mesquita dos Omíadas de Aleppo, joia histórica da segunda maior cidade da Síria, ficou muito danificada após combates entre tropas do regime e rebeldes, segundo um correspondente no local.

Dentro da mesquita construída no século VIII, e depois reconstruída no século XIII, os tapetes estavam queimados e o piso estava coberto de cápsulas de balas e vidros estilhaçados. Cabelos e um fragmento de dente que, segundo a tradição pertenceram ao profeta Maomé, tinham sido roubados de uma caixa de madeira em uma pequena sala da mesquita, constatou o jornalista. Com sua bela arquitetura, a mesquita é uma das principais atrações do lugar sagrado.

Livros que estavam em armários também desapareceram, enquanto exemplares do Alcorão foram queimados. Móveis antigos de madeira ficaram totalmente destruídos pelas chamas em uma galeria situada no centro da mesquita. A televisão oficial síria também mostrou imagens escurecidas pelo fogo no pátio. No domingo, o Exército retomou o controle total da mesquita, que os rebeldes haviam ocupado na véspera, de acordo com uma fonte militar e uma ONG.

[SAIBAMAIS]O engenheiro Mohammed Marwan Jarada, que acompanhava nesta segunda um comitê de especialistas enviado à mesquita para analisar os estragos, foi atingido por um tiro disparado por rebeldes e não resistiu ao ferimento, segundo seu irmão. O presidente sírio, Bashar al-Assad, formou nesta segunda-feira (15/10) uma comissão encarregada de restaurar o local, segundo a agência oficial Sana. Esta comissão será presidida pelo governador da cidade, Mohammad Wahid Aqqad, de acordo com a mesma fonte.



Perto da mesquita fica localizada uma biblioteca que reúne uma coleção de livros religiosos raros. Não está claro se essas obras foram afetadas. A cidade velha de Aleppo é classificada como patrimônio mundial da Unesco. Um incêndio já havia destruído recentemente vários setores do mercado de Aleppo, o maior do Oriente Médio, também situado na cidade velha. A metrópole do norte registra combates sem trégua há três meses entre rebeldes e as forças do regime.