Luxemburgo - A União Europeia (UE) reforçou nesta segunda-feira (15/10) o arsenal de sanções financeiras e comerciais contra o Irã, tendo como alvo, sobretudo, os setores de energia e finanças, para forçar Teerã a retornar à mesa de negociações por seu polêmico programa nuclear.
Os 27 ministros das Relações Exteriores da UE aprovaram o "duro" pacote de sanções contra Teerã durante uma reunião em Luxemburgo. "O Irã age em violação flagrante de suas obrigações internacionais ao continuar rejeitando cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para responder às inquietações sobre seu programa nuclear", indicou a UE em um comunicado.
"As medidas restritivas acordadas nesta segunda-feira estão dirigidas a afetar o programa nuclear iraniano e os fundos do regime iraniano para financiar o programa", acrescentou. As sanções "não estão dirigidas à população civil", esclareceu.
"Este é um sinal de nossa determinação na União Europeia", disse mais cedo o chanceler britânico, William Hague. As sanções "aumentarão a pressão e vamos seguir fazendo isso nos próximos meses", assegurou. "Exceto se as negociações forem bem-sucedidas", disse.
Os países ocidentais impuseram progressivamente há dois anos um embargo econômico contra o Irã, que provocou uma queda das exportações e da produção petroleira, principal riqueza do país, uma desvalorização da moeda devido à escassez de divisas, uma desaceleração da economia e um aumento do desemprego.
As negociações entre o Irã e as grandes potências sobre o dossiê nuclear iraniano se encontram estancadas há vários anos.
Por outro lado, Teerã foi alvo de várias rodadas de sanções internacionais do Conselho de Segurança da ONU. O Ocidente suspeita que o Irã tenta fabricar armas atômicas se escondendo em um programa nuclear civil, algo que o governo iraniano desmente.