Washington- A Casa Branca estava nesta sexta-feira na defensiva depois que o vice-presidente, Joe Biden, afirmou que o governo dos Estados Unidos não estava ciente de nenhum pedido para reforçar a segurança antes do ataque contra o consulado em Benghazi, há um mês.
Durante o debate de quinta-feira à noite com o republicano Paul Ryan, Biden foi perguntado sobre o ataque contra o complexo diplomático no leste da Líbia, no qual morreram quatro americanos, entre eles o embaixador Chris Stevens, no dia 11 de setembro. "Não nos disseram que queriam mais segurança", declarou Biden.
Na quarta-feira, Andrew Wood, um militar da Guarda Nacional americana mobilizado na Líbia, disse perante o Congresso que, "em abril, havia em Benghazi apenas um agente do quadro de segurança diplomática americano", e que os pedidos para "obter pessoal adicional" jamais foram atendidos.
"O vice-presidente contradisse as declarações sob juramento de funcionários do Departamento de Estado", contra-atacou nesta sexta-feira o candidato republicano, Mitt Romney, durante um ato de campanha em Richmond, Virgínia (leste).
Posteriormente, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, contestou que Biden falava em nome do presidente. "Evidentemente, ele não falava do governo em sentido geral", afirmou em sua coletiva de imprensa diária, acrescentando que os pedidos de reforço da segurança não foram dirigidos à Casa Branca, mas ao departamento de Estado.