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Patriota leva a Israel e à Palestina mensagem em defesa da paz e do diálogo

Para defender a busca por acordos de paz negociados e o fim dos conflitos armados, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, viaja esta semana para o Oriente Médio. A viagem tem dois destinos ; Israel, no domingo (14/10), e a Palestina, na segunda-feira (15/10). As conversas de Patriota ainda estão sendo agendadas. A disposição do chanceler é demonstrar a preocupação que o Brasil tem com a região.

O Brasil é favorável ao Estado da Palestina autônomo e independente. Para a presidente Dilma Rousseff, o reconhecimento da Palestina é a única solução de paz entre israelenses e palestinos. Segundo ela, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve dar prioridade ao assunto e buscar uma solução imediata para a questão.

;Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios, inclusive de Israel, por paz com seus vizinhos, segurança nas fronteiras e estabilidade política regional;, disse Dilma, no último dia 2, no Peru. O chanceler brasileiro desembarca em Israel no momento em que os judeus religiosos da França enfrentam uma onda de ataques. O presidente francês, François Hollande, determinou redobrar a segurança nas sinagogas para impedir eventuais contratempos.

Na semana passada, durante a 3; Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul;Países Árabes (Aspa), em Lima, no Peru, a presidente Dilma Rousseff repudiou ;todas as formas de intolerância religiosa;, assim como o que chamou de islamofobia, que é o horror aos seguidores do islamismo. Ela defendeu a busca pelo ;caminho do diálogo; nas situações de conflito e mencionou o esforço na Aspa. Na ocasião, a presidente ressaltou o apoio do Brasil ao enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi.

[SAIBAMAIS]Em várias ocasiões, Dilma e Patriota referiram-se às preocupações em torno dos confrontos armados não só na Síria, como também na Líbia e no Iraque. O governo brasileiro é contra intervenções militares externas em caso de conflitos nos países muçulmanos. ;A solução para os problemas enfrentados pelos países árabes, do nosso ponto de vista, só poderá ser encontrada por eles próprios;, destacou a presidente.



Nas reuniões que terá em Tel Aviv, em Israel, e Ramalah, na Cisjordânia, Patriota também deverá mencionar a defesa do governo brasileiro na promoção do desarmamento nuclear e da não proliferação de armas nucleares. O Brasil defende a criação de uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio.