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Questões internas provocam ausência de países na cúpula, em Lima, no Peru

Brasília ; A 3; Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul;Países Árabes (Aspa), em Lima, no Peru, ocorrerá sem a presença de pelo menos quatro líderes políticos das duas regiões, cujas discussões costumam causar impactos no cenário internacional. A uma semana da eleição na qual tenta se reeleger, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, avisou que não comparecerá. Às voltas com dificuldades internas e na vizinha Síria, o presidente do Egito, Mohamed Morsi, também faltará.

Os presidentes Evo Morales (Bolívia) e Sebastián Piñera (Chile) informaram que não comparecerão à cúpula. Para negociadores das duas regiões, ambos estão envolvidos também com questões internas devido a uma série de manifestações tanto nas principais cidades bolivianas, quanto nas chilenas. Os demais líderes da região prometem estar presentes ao evento.

Dos 34 países da Aspa, dois estão suspensos: o Paraguai e a Síria. Desde junho, o Paraguai está suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) devido às suspeitas de que o processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo ocorreu sem obedecer às instituições democráticas. As autoridades paraguaias negam irregularidades. A suspensão acaba em abril de 2013.

A Síria foi suspensa da Liga Árabe devido à onda de violência no país, que atinge principalmente civis e envolve tanto as autoridades do governo do presidente Bashar Al Assad, quanto as da oposição. A Liga Árabe rechaça a violência, cobra providências de ambos os lados para encerrar o impasse e rebate a possibilidade de intervenção militar externa.

A 3; Cúpula Aspa estava prevista para ocorrer em fevereiro deste ano, mas o elevado número de países enfrentando protestos e manifestações levou ao adiamento das reuniões. No entanto, os líderes políticos sul-americanos e árabes pretendem ressaltar a importância dos debates.

A iniciativa do Brasil de criar a Aspa, em 2003, virou realidade em 2005. Para analistas internacionais, a Aspa é considerada uma ação pioneira e inovadora das negociações e da cooperação Sul-Sul. A meta principal é o fortalecimento do multilateralismo ;com base; em percepções comuns a respeito da busca pela paz e do desenvolvimento econômico com inclusão social, como destacaram os líderes nos útimos documentos do grupo.