Seul - A candidata do partido conservador às eleições presidenciais na Coreia do Sul, Park Geun-Hye, pediu perdão nesta segunda-feira (24/9) às vítimas da repressão do regime de seu pai, um ex-presidente ditador que ficou 20 anos no poder.
"Creio que um valor inalterável da democracia é que o fim não pode justificar os meios na política", afirmou Park Geun-Hye em um discurso transmitido na televisão. "Peço desculpas sinceras aos que sofreram e ficaram feridos durante este período e também a suas famílias", afirmou.
Há semanas, a opinião pública pedia a Park Geun-Hye que, em caso de vitória se converterá na primeira mulher a dirigir a Coreia do Sul, que tomasse uma posição a respeito do regime de seu pai, no poder entre 1961 e 1979.
Até agora, a ambiguidade da candidata a fez perder pontos diante de seus rivais, Moon Jae-In e Ahn Cheol-Soo, nas presidenciais de 19 de dezembro.
Seu pai, Park Chung-Hee, foi a maior figura política da Coreia do Sul nos anos 1960 e 1970. Chegou ao poder em 1961, depois de um golpe de Estado, e dirigiu o país até que morreu assassinado em 1979 nas mãos dos serviços secretos.