O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu nesta quarta-feira a líder opositora de Mianmar, Aung San Suu Kyi, no Salão Oval da Casa Branca.
Após a reunião, Obama e Suu Kyi ficaram à disposição dos fotógrafos, que registraram o encontro, o primeiro entre os dois prêmios Nobel da Paz.
Antes de chegar à Casa Branca, Suu Kyi recebeu a Medalha de Ouro do Congresso americano, que lhe concedeu a condecoração em 2008.
Durante o ato no Congresso, Suu Kyi, que permaneceu 20 anos de sua vida em prisão domiciliar, disse que Mianmar pode "avançar unida e em paz", mas alertou que "haverá dificuldades" no caminho das reformas democráticas empreendidas pelo novo governo de seu país.
"Do fundo de meu coração agradeço a vocês, cidadãos dos Estados Unidos, por nos manterem em seus corações e mentes durante os obscuros anos em que a liberdade e a justiça pareciam ser inatingíveis", declarou a opositora birmanesa ao receber o prêmio, considerando por ela como "um dos dias mais emocionantes" de sua vida.
"A grande honra que me concedem será uma lembrança que perdurará do inquebrantável apoio do Congresso dos Estados Unidos às aspirações democráticas do meu povo".
Diante de 500 pessoas, entre elas a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, a líder opositora disse viver "um dos dias mais emotivos" de sua vida.
A Nobel da Paz de 1991 e símbolo da luta pacífica pela democracia, afirmou que Mianmar pode "avançar unida e em paz". "Teremos dificuldades pelo caminho, mas seremos capazes de superar todos os obstáculos com a ajuda e o apoio de nossos amigos".
Desde sua chegada ao poder, em 2009, Obama tem apoiado o processo de democratização no país asiático.
Coincidindo com a visita de Suu Kyi, o governo americano suspendeu as sanções contra o presidente birmanês, Thein Sein.
Mianmar foi comandado durante décadas por uma junta militar, mas o governo do ex-general Thein Sein realizou reformas, entre elas a libertação de presos políticos como Suu Kyi, que voltou à vida política como líder da Liga Nacional pela Democracia.