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Atriz que participou de filme anti-islâmico processa produtor

Los Angeles - Uma atriz do filme anti-islâmico "Inocência dos Muçulmanos", que provocou atos mortais de violência em vários países árabes, processou esta quarta-feira, em Los Angeles, seu produtor, afirmando ter sido enganada sobre as intenções da fita.

Cindy Lee Garcia, protagonista da obra que ficou conhecida após a explosão de violência de 11 de setembro passado que provocou a morte de mais de 30 pessoas, entre elas o embaixador americano na Líbia, apresentou um processo por invasão da privacidade, fraude, calúnia e dano intencional.

O processo, apresentado na Corte Superior de Los Angeles, é dirigido a Nakula Basseley Nakula, um copta (cristão egípcio) de 55 anos, que mora perto de Los Angeles e admitiu ter colaborado na elaboração do filme. Em 2010, ele foi condenado por fraude bancária com uma sentença de 21 meses de prisão.

Segundo meios de comunicação americanos, Nakula teria utilizado o pseudônimo Sam Bacile para divulgar o filme antes de ser identificado.

Garcia também processou o site de divulgação de vídeos na internet YouTube e o gigante de buscas Google, do qual depende, por divulgar trechos do filme.

A atriz afirma que os atores foram enganados e participaram das filmagens sem conhecer as verdadeiras intenções dos diretores.

"Bacile afirmou que ("Inocência dos Muçulmanos") era um filme de aventura sobre o Egito antigo", garantiu a atriz na ação.

Segundo o texto, ela descobriu que o resultado final era totalmente diferente e que corre risco de vida. "É alvo de ameaças de morte sérias, teme por sua vida e do seu entorno", acrescentou.

A atriz pede à justiça que o vídeo seja definitivamente retirado do YouTube, explicando que sofre de angústia emocional e precisa enfrentar reveses financeiros, assim como a "destruição de sua carreira e de sua reputação".

Nakula prestou depoimento à polícia na madrugada de sábado, foi liberado e mora com a família em um local secreto.