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Partido tunisiano: muçulmanos têm 'direito de protestar' contra charges

Túnis - O partido islamita Ennahda, no poder na Tunísia, declarou nesta quarta-feira (19/9) que os muçulmanos têm "o direito de protestar" pacificamente, após a publicação das caricaturas do profeta Maomé em um jornal semanal francês.

O Ennahda "ressalta o direito dos muçulmanos de protestar e apela à utilização de meios civis e pacíficos", indicou o partido em um comunicado assinado por seu líder, Rached Ghannouchi.

"O partido Ennahda condena fortemente este novo ataque contra o profeta", acrescenta.

Também considerou que os ataques contra Maomé procuram "desviar a Primavera Árabe de seu caminho e causar um conflito com o Ocidente", "uma armadilha em que não podemos cair".

A embaixada da França anunciou o fechamento de seus escritórios na sexta-feira e de todas as escolas francesas na Tunísia a partir desta quarta-feira, por medo de ataques após a publicação das caricaturas pelo jornal Charlie Hebdo.

[SAIBAMAIS]Na última sexta-feira (14/9), a embaixada dos Estados Unidos e a escola americana de Túnis foram atacadas por radicais islâmicos que protestavam contra trechos de um filme ofensivo ao Islã. A violência deixou quatro mortos, dezenas de feridos e grandes danos materiais.

Violência semelhante ocorreu em muitos países árabes muçulmanos.


O partido Ennahda, que lidera um governo de coalizão formado com dois partidos de centro-esquerda, faz campanha por uma lei que pune com prisão atentados ao sagrado, uma medida considerada pela oposição e por ONGs contrária à liberdade de expressão.