O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã (Oiea), Fereydoun Abbasi, avisou que o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad não pretende enriquecer o urânio acima de 20%. A possibilidade de enriquecimento acima desse percentual levanta mais suspeitas sobre o programa nuclear desenvolvido no país, que é alvo de desconfiança de produzir armas nucleares.
Abbasi reiterou que o objetivo do enriquecimento de urânio a 20% para o programa nuclear do Irã tem fins pacíficos. Segundo ele, a prioridade é a produção de radiofármacos. Porém, para autoridades estrangeiras, o programa iraniano levanta suspeitas, uma vez que as autoridades resistem a conceder autorização para a fiscalização das usinas do país.
[SAIBAMAIS]O chefe da organização acrescentou que o Irã começou a produzir urânio enriquecido a 20% para usar o material como combustível para reatores de pesquisas, pois as sanções internacionais têm impedido o país de obter a substância. O representante iraniano se reuniu com integrantes da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) em Viena, na Áustria.
Segundo Abbasi, o enriquecimento do urânio no país, em geral, é feito a 3,5%. Ele acrescentou que, no futuro, o governo iraniano determinará o nível de enriquecimento do material, de acordo com as necessidades do país.