TÚNIS, 17 Set 2012 (AFP) - O presidente tunisiano, Moncef Marzouki, condenou novamente nesta segunda-feira o ataque à embaixada americana por parte de islamitas radicais e afirmou que ela não "caracteriza" a Tunísia, em um discurso dirigido aos seus "amigos americanos".
"O que aconteceu na sexta-feira não representa a Tunísia", afirmou em um discurso destinado a "evitar ainda mais a incompreensão neste momento de desafios e incertezas". O presidente tunisiano quis tranquilizar os cidadãos americanos que vivem na Tunísia e rejeitou a violência dos islamitas radicais, que são condenados por todos os tunisianos, segundo ele.
Na sexta-feira, manifestantes liderados por membros de um movimento salafista, protestaram contra o filme "A inocência dos muçulmanos", filmado nos Estados Unidos, atacando a embaixada dos Estados Unidos em Túnis e incendiando uma escola americana. Quatro pessoas morreram, três a tiros, e dezenas ficaram feridas. Cerca de cem americanos que vivem no país foram retirados no domingo após a decisão de Washington de repatriar "o pessoal não essencial" na Tunísia e no Sudão.
"Esses extremistas sujaram a imagem de um povo historicamente conhecido por sua adesão aos valores da moderação e da tolerância", lamentou o presidente tunisiano, afirmando que os expatriados americanos são "bem-vindos à Tunísia", que não poupará "esforço algum para protegê-los".