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EUA ordenam retirada de funcionários de Tunísia e Sudão

WASHINGTON - Com a escalada da violência no Oriente Médio, os Estados Unidos (EUA) ordenaram a retirada de familiares e funcionários considerados não essenciais ao funcionamento das embaixadas dos Estados Unidos em Túnis, capital da Tunísia, e Cartum, capital do Sudão.

"Trata-se de uma saída não-emergencial", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em um comunicado.

Em meio a insegurança, a secretária de Estado, Hillary Clinton, realizou uma série de ligações diplomáticas no sábado, pedindo apoio a seus colegas no Egito, Arábia Saudita, Turquia, Grã-Bretanha e França, assim como do primeiro-ministro da Líbia e do presidente da Somália.

Também o Canadá tomou medidas e fechou neste domingo suas embaixadas no Cairo, Trípoli e Jartum, como ação preventiva para preservar a segurança dos que trabalham nos edifícios, após a onda de ataques de grupos islamitas a representações diplomáticas ocidentais no Oriente Médio.



"Tomamos muito seriamente o assunto da segurança de nosso pessoal e nossas missões", disse à AFP o funcionário da chancelaria Rick Roth. "As autoridades canadenses estão acompanhando de perto os acontecimentos no Oriente Médio e tomando as medidas apropriadas em matéria de segurança", completou.

O ataque dos talibãs contra a base da Otan na qual se encontra o príncipe Harry e a morte de seis militares estrangeiros em mãos de policiais afegãos marcaram um fim de semana de terror para a coalizão.

O grupo terrorista, por suz vez, obteve um triunfo militar com o ataque ao acampamento provisório do terceiro herdeiro na linha de sucessão ao trono britânico, além do impacto midiático gerado pela manobra.

No domingo, a Isaf, a força armada da Otan no Afeganistão, informou que seis aviões de combate norte-americanos foram destruídos e outros dois foram danificados "significativamente" no ataque lançado na madrugada de sexta para sábado pelos talibãs contra a base na qual está o príncipe Harry.

De acordo com um comunicado da Isaf, os danos de Camp Bastion, na província de Helmand (sul), foram maiores que o previsto, já que três estações de reabastecimento também foram destruídas e seis hangares de aviões foram afetados.

Nunca antes em dez anos de conflitos as forças da coalizão haviam sofrido tais perdas materiais, reconheceu uma fonte de segurança ocidental.