Nicosia - O plano de criar um supervisor único do setor bancário para a Zona Euro a partir de janeiro de 2013, como quer a Espanha, está a beira do colapso devido à oposição de Suécia e Alemanha, admitiram neste sábado (15) vários ministros europeus.
"Há uma série de complicações", disse o ministro espanhol, Luis de Guindos, em uma coletiva de imprensa, em meio a uma reunião em Nicósia com seus homólogos da União Europeia (UE).
A proposta - impulsionada pela Comissão Europeia (CE) - tenta fazer com que o Banco Central Europeu (BCE) se torne o supervisor único da Zona Euro a partir de 2013.
A Espanha quer que o plano "seja realizado o mais rápido possível", disse De Guindos.
Dessa maneira, o país, imerso em uma profunda crise do setor financeiro, garantirá que a recapitalização do bloco aos bancos com problemas seja feita diretamente sem que se transforme em dívida pública para o Estado.
Contudo, De Guindos reconheceu que o "calendário é ambicioso". Vários ministros europeus se mostraram céticos quanto a seu cumprimento com o objetivo de estabelecer este Supervisor máximo europeu em janeiro de 2012, como estava previsto.
"Não será possível ter o mecanismo disponível para 1; de janeiro de 2013", afirmou o ministro alemão Wolfgang Schauble, durante coletiva de imprensa.
A proposta da Comissão Europeia requer o "apoio dos 27 países da UE e acreditamos que isso será muito difícil de ser obtido", afirmou.
O sueco Anders Borg foi ainda mais taxativo ao afirmar que a proposta comunitária é "completamente inaceitável".
Segundo De Guindos, as dificuldades vão desde o ponto de vista geográfico até institucionais.
A Comissão Europeia propõe que o BCE controle a todos os bancos da Zona Euro. Contudo, a Alemanha quer limitar seu poder aos grandes bancos, considerados sistêmicos e assim não perder o controle dos bancos regionais.
A iniciativa também provoca reservas no Reino Unido, país que abriga a maior praça financeira da UE, ante o temor de que o BCE acumule finalmente muito poder.
Além disso, é preciso delimitar o poder da Autoridade Bancária Europeia (EBA). Segundo a CE, a EBA continuaria cumprindo com seu papel de velar para que as normas únicas sejam aplicadas nos 27 países-membros da UE.
Caso o plano prospere, o BCE terá a última palavra em todas as decisões que garantam a estabilidade financeira das 17 nações da Zona Euro, em um processo gradativo que será iniciado em 1; de janeiro de 2013 e terminaria um ano depois, quando todos os bancos do bloco ficariam sob o mecanismo único de supervisão.
O projeto comunitário é crucial para a Espanha, uma vez que o supervisor único financeiro entre em vigor, o fundo de resgate europeu conhecido como MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade) poderá assumir a recapitalização direta dos bancos espanhóis e liberar as contas do Estado dessa carga.
A Zona Euro prometeu em junho à Espanha um empréstimo de até 100 bilhões de euros para seu setor financeiro, muito prejudicado pelo estouro da bolha imobiliária em 2008.
A pressão continua aumentando sobre o país, quarta economia da Zona Euro, para que solicite um resgate financeiro, ante os pesados vencimentos da dívida com os quais deverá arcar em outubro.
"Há uma série de complicações", disse o ministro espanhol, Luis de Guindos, em uma coletiva de imprensa, em meio a uma reunião em Nicósia com seus homólogos da União Europeia (UE).
A proposta - impulsionada pela Comissão Europeia (CE) - tenta fazer com que o Banco Central Europeu (BCE) se torne o supervisor único da Zona Euro a partir de 2013.
A Espanha quer que o plano "seja realizado o mais rápido possível", disse De Guindos.
Dessa maneira, o país, imerso em uma profunda crise do setor financeiro, garantirá que a recapitalização do bloco aos bancos com problemas seja feita diretamente sem que se transforme em dívida pública para o Estado.
Contudo, De Guindos reconheceu que o "calendário é ambicioso". Vários ministros europeus se mostraram céticos quanto a seu cumprimento com o objetivo de estabelecer este Supervisor máximo europeu em janeiro de 2012, como estava previsto.
"Não será possível ter o mecanismo disponível para 1; de janeiro de 2013", afirmou o ministro alemão Wolfgang Schauble, durante coletiva de imprensa.
A proposta da Comissão Europeia requer o "apoio dos 27 países da UE e acreditamos que isso será muito difícil de ser obtido", afirmou.
O sueco Anders Borg foi ainda mais taxativo ao afirmar que a proposta comunitária é "completamente inaceitável".
Segundo De Guindos, as dificuldades vão desde o ponto de vista geográfico até institucionais.
A Comissão Europeia propõe que o BCE controle a todos os bancos da Zona Euro. Contudo, a Alemanha quer limitar seu poder aos grandes bancos, considerados sistêmicos e assim não perder o controle dos bancos regionais.
A iniciativa também provoca reservas no Reino Unido, país que abriga a maior praça financeira da UE, ante o temor de que o BCE acumule finalmente muito poder.
Além disso, é preciso delimitar o poder da Autoridade Bancária Europeia (EBA). Segundo a CE, a EBA continuaria cumprindo com seu papel de velar para que as normas únicas sejam aplicadas nos 27 países-membros da UE.
Caso o plano prospere, o BCE terá a última palavra em todas as decisões que garantam a estabilidade financeira das 17 nações da Zona Euro, em um processo gradativo que será iniciado em 1; de janeiro de 2013 e terminaria um ano depois, quando todos os bancos do bloco ficariam sob o mecanismo único de supervisão.
O projeto comunitário é crucial para a Espanha, uma vez que o supervisor único financeiro entre em vigor, o fundo de resgate europeu conhecido como MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade) poderá assumir a recapitalização direta dos bancos espanhóis e liberar as contas do Estado dessa carga.
A Zona Euro prometeu em junho à Espanha um empréstimo de até 100 bilhões de euros para seu setor financeiro, muito prejudicado pelo estouro da bolha imobiliária em 2008.
A pressão continua aumentando sobre o país, quarta economia da Zona Euro, para que solicite um resgate financeiro, ante os pesados vencimentos da dívida com os quais deverá arcar em outubro.