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Farc nomeiam equipe para negociações de paz que começam em outubro

Bogotá - A guerrilha colombiana das Farc nomeou uma equipe de cinco negociadores, entre eles um de seus líderes I[SAIBAMAIS]van Marquez, para as negociações de paz, previstas para começar em 8 de outubro na Noruega e serem mantidas depois, em Cuba, anunciou nesta sexta-feira (14/9) um de seus representantes.

"A equipe de diálogo é composta de cinco porta-vozes", disse à emissora de rádio colombiana Blu Marcos Calarca, um dos emissários das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Havana, onde se encontra uma delegação da rebelião.

Além de Ivan Marquez, um membro do corpo central das Farc e considerado um defensor da linha-dura, a equipe de negociação inclui Rodrigo Granda, considerado o "ministro das Relações Exteriores" dos guerrilheiros.

Rodrigo Granda, cujo verdadeiro nome é Ricardo Tellez, foi libertado em 2007 pela Colômbia depois de um pedido da França, na esperança de facilitar a libertação da ex-refém Ingrid Betancourt, sequestrada e mantida em cativeiro durante seis anos, antes de ser resgatada pelo exército em 2008.

As Farc também designaram como emissário Andres Paris, que representa a ala política da guerrilha, da qual foi um negociador durante as últimas negociações frustradas dez anos atrás.

Por fim, figura na lista o nome de Simon Trinidad, um guerrilheiro preso nos Estados Unidos, de onde foi extraditado e condenado a 60 anos de prisão em 2008 por sequestrar três civis americanos na Colômbia.

[SAIBAMAIS]A participação deste "será discutida depois que as negociações começarem em 8 de outubro em Oslo", indicou Marcos Calarca, ele é um dos guerrilheiros exilados há oito anos no México.

Ao lado dos cinco porta-vozes para as negociações de paz, as Farc também designaram um grupo de vários conselheiros, incluindo Jesus Santrich, um parente de Ivan Marquez, que teve o seu nome originalmente citado como um dos negociadores.

Esta próxima rodada de negociações faz parte da quarta tentativa de diálogo entre as autoridades e os rebeldes das Farc, a principal guerrilha do país, que possui, segundo as autoridades, 9.000 combatentes, em 48 anos de existência.