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Seguranças líbios foram mortos no ataque ao consulado dos EUA em Benghazi

Nova York - Seguranças líbios morreram e foram feridos ao tentar defender o embaixador Chris Stevens durante o ataque em Benghazi, no qual foi assassinado o diplomata e outros três americanos, disse nesta quarta-feira (12/9) o embaixador da Líbia na ONU.

Ibrahim Dabbashi, embaixador adjunto da Líbia na ONU, disse à imprensa que mais de 10 seguranças líbios foram mortos e feridos no ataque de terça-feira, sem indicar números exatos. "Alguns deles foram assassinados no início do ataque", indicou.

O secretário-geral adjunto da ONU, Jeffrey Feltman, afirmou no Conselho de Segurança que havia tido acesso a informações de que os seguranças líbios também tinham sido assassinados no ataque.

Stevens estava entre os quatro diplomatas mortos em Benghazi por uma multidão enfurecida que atacou o consulado dos Estados Unidos em reação a um filme que insulta o Islã.

A secretária de Estado Hillary Clinton se referiu ao papel desempenhado pelos guardas líbios na defesa do consulado americano.

"Militantes fortemente armados atacaram o complexo e abriram fogo contra nossos edifícios. As equipes de segurança americana e líbia enfrentaram os ataques em conjunto", disse Hillary em Washington.

[SAIBAMAIS]Dabbashi ressaltou que não tinha um número exato dos guardas líbios que ficaram feridos ou foram mortos no ataque.

O diplomata homenageou Stevens, que tinha sido enviado à Líbia quando as forças da oposição lutavam contra as do presidente Muamar Kadhafi.



"O embaixador era um amigo da Líbia. Ele esteve sempre ao nosso lado quando tivemos que enfrentar a morte e a destruição durante o reinado do déspota", disse Dabbashi.