Paris - A França favoreceu um certo número de operações de deserções na Síria, declarou nesta terça-feira (11/9) o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, na Comissão de Assuntos Externos da Assembleia Nacional (Câmara Baixa).
"Favorecemos certo número de operações de deserção", declarou Fabius, sem dar maiores detalhes, um dia após o general Manaf Tlass, o mais alto oficial sírio a desertar, anunciar que foi retirado da Síria pelos serviços secretos franceses.
Evocando a ajuda francesa à oposição síria, Fabius reiterou que a França não entrega armas. "Sobre a questão dos armamentos, somos totalmente claros: pediram-nos armamentos que permitissem destruir aviões. Dissemos que respeitamos o embargo (europeu) sobre as armas", declarou.
[SAIBAMAIS]Fabius mencionou também a incerteza em relação aos beneficiários dessas armas. "A situação é obscura a tal ponto, que é muito difícil ter certeza de ter diante de si alguém a quem se pode entregar (armas) sem que três meses ou três semanas depois encontremos um avião francês derrubado pelas mesmas armas", disse.
"Por outro lado, há instrumentos de comunicação cifrada, prismáticos que permitem ver à noite" ou outros materiais "que puderam ser postos à disposição ou que poderão ser", acrescentou.
As autoridades francesas afirmaram várias vezes nas últimas semanas que a França entregava equipamentos não letais à oposição síria.