O presidente da França, François Hollande, disse hoje (10) que organizou uma ;agenda para a recuperação; da economia do país nos próximos dois anos. O pacote foi anunciado depois de ser cobrado pela sociedade francesa a mostrar alternativas aos impactos da crise econômica internacional. Segundo ele, os vencimentos acima de 1 milhão de euros serão submetidos a impostos de 75%, "sem exceções". Hollande disse ainda que sua prioridade é o combate ao desemprego.
;Vou estabelecer uma agenda para a recuperação [do país]. Dois anos para pôr em prática uma política para o emprego de competitividade e destinada a equilibrar as contas públicas;, disse Hollande, em sua primeira entrevista após as férias de verão. ;Não vou fazer em quatro meses o que os meus antecessores não fizeram em cinco ou em dez anos. Mas estou no combate, não quero olhar para o passado.;
Depois de quatro meses no poder, Hollande vive queda de popularidade e críticas, mas disse que ;escuta a impaciência;. Ele justificou as preocupações dos franceses com o ;desemprego elevado; - os números mostram que há cerca de 3 milhões de desempregados - , a baixa competitividade da economia e os ;déficits consideráveis;, além de um ;endividamento histórico; do país.
Segundo Hollande, ;o governo não perdeu tempo, agiu rapidamente;. O presidente ressaltou que foi concedido aumento do salário mínimo e de vários benefícios sociais, além de congelado o preço dos combustíveis. Mas reconheceu que as medidas ;não são suficientes;.
O presidente francês lembrou que sua prioridade é o combate ao desemprego. Para ele, a tendência de elevação do desemprego, que está em 10%, ;deve ser invertida no espaço de um ano;. Hollande reiterou que cumprirá a promessa de campanha de taxar em 75% os rendimentos anuais superiores a 1 milhão de euros.
;O meu objetivo é a construção de uma sociedade solidária. O compromisso que assumo é o de que os franceses possam dizer, em 2017, que vivem melhor do que em 2012;, disse Hollande.