Islamabad - A jovem cristã paquistanesa acusada de ter profanado o Alcorão saiu neste sábado (8/9) da prisão em que estava detida há três semanas, segundo um ministro e um fotógrafo da AFP. "Ela deixou a prisão e foi levada de helicóptero para um lugar seguro, onde ficará com a família", declarou à AFP Paul Bhatti, ministro paquistanês para a Harmonia Nacional, responsável pelas relações entre a maioria muçulmanana e as demais minorias.
Um fotógrafo da AFP viu o helicóptero deixar a prisão de Rawalpindi.
Os canais de televisão paquistaneses mostraram imagens da adolescente - com o rosto coberto por um véu - saindo em um veículo blindado do prédio da prisão até a pista do helicóptero.
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Um juiz paquistanês autorizou na sexta-feira a libertação sob fiança de Rimsha Masih. O juiz estabeleceu uma fiança de um milhão de rúpias (10.400 dólares).
[SAIBAMAIS]Esta decisão decide o caso, ou seja, a culpabilidade ou não da jovem e a investigação prossegue, segundo um dos advogados de Rimsha, Raja Ikram, que acrescentou que a adolescente não pode deixar o país.
A jovem analfabeta e com deficiências mentais, de 14 anos de idade segundo os médicos que a examinaram, está detida há três semanas depois de ter sido acusada por vizinhos do bairro popular onde mora, na periferia de Islamabad, de ter queimado papeis que continham versos do livro sagrado muçulmano do Alcorão, um crime suscetível de punição com prisão perpétua no Paquistão.
O caso deu uma reviravolta no fim de semana passado quando a polícia prendeu o imã da mesquita próxima à residência da jovem cristão e o acusou de ter entregue ele próprio as páginas do Alcorão trazidas por um vizinho com o objetivo de expulsar os cristãos do bairro.
Um fotógrafo da AFP viu o helicóptero deixar a prisão de Rawalpindi.
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A jovem analfabeta e com deficiências mentais, de 14 anos de idade segundo os médicos que a examinaram, está detida há três semanas depois de ter sido acusada por vizinhos do bairro popular onde mora, na periferia de Islamabad, de ter queimado papeis que continham versos do livro sagrado muçulmano do Alcorão, um crime suscetível de punição com prisão perpétua no Paquistão.
O caso deu uma reviravolta no fim de semana passado quando a polícia prendeu o imã da mesquita próxima à residência da jovem cristão e o acusou de ter entregue ele próprio as páginas do Alcorão trazidas por um vizinho com o objetivo de expulsar os cristãos do bairro.